Modelo de startup sempre se apresenta como algo inovador e escalável de negócio (geralmente envolto de muita tecnologia). Além disso, startups também possuem uma imagem jovem e que busca aceleração no mercado, ao fazer uso de mais variadas soluções técnicas.
Segundo o levantamento realizado pela Startupbase, somente no Brasil, existem quase 13 mil empresas desse modelo em atividade, provando sua importância para a economia brasileira e cada vez mais chamando atenção fundos de investimento, aceleradores e até mesmo de grandes organizações.
Entretanto, ainda que a iniciativa se desenhe como uma opção ao modelo clássico empresarial, seus empreendedores continuam tendo que prestar atenção no que tange suas tributações e demais obrigações contábeis.
Como qualquer outro tipo de negócio, a startup também precisa começar com um planejamento tributário para tornar a atividade viável e lucrativa, a médio e longo prazo, sem que a empresa caia na malha fina ou tenha sua operação prejudicada por pagar mais impostos que o necessário.
Sendo assim, é importante que esse empreendedor saiba o regime tributário ideal para a startup, evitando, assim, o pagamento de impostos mais caros e a evasão de pagamento por mal-entendidos.
Saiba agora as principais dicas para escolher o regime tributário ideal para a sua startup e quais são os formatos que existem para a sua empresa.
5 dicas para escolher o regime tributário ideal para a sua startup
1. Tenha uma contabilidade de confiança
Ao iniciar um negócio, é necessário que o empreendedor tenha ao seu lado um profissional de contabilidade, que possa auxiliá-lo nas questões tributárias que virão com a empresa.
A partir dessa parceria, o contador poderá mostrar ao empreendedor os diferentes tipos de regime tributário, entre outros aspectos contábeis, direcionando qual é a melhor alternativa, de acordo com o negócio que seu cliente está começando.
Apoio do profissional contábil logo no início da implementação da empresa é importante para que a startup não sofra com onerosidade de obrigações legais e mantenha a boa saúde financeira em seus primeiros meses.
2. Saiba explicar ao que se dedica sua startup
Ideias inovadoras são sempre bem-vindas no mundo empresarial, entretanto, o conceito se faz abstrato, uma vez que o empreendedor não sabe como enquadrar a atividade da startup.
Como resultado, contadores podem sentir dificuldade de segmentar a empresa para que receba todos os atendimentos necessários aos seus processos internos.
Apesar de parecer algo banal em um primeiro momento, entender o negócio ao qual quer dedicar a atividade faz toda a diferença para identificar o regime tributário ideal para a atividade.
3. Saiba o momento certo de migrar de regime
Apesar de o sistema do Simples Nacional ser o mais usual para novas empresas, devido ao modelo de aceleração adotado pelas startups, pode ser que o regime de tributação mude conforme o negócio atinja cenários de maturação.
Logo, quando uma startup começa a operar com um grande fluxo de demandas e realizar a contratação de muitos colaboradores, prevendo um aumento na sua lucratividade, as obrigações tributárias precisarão ser revistas e ambientadas em um novo modelo.
É importante que esse empreendedor entenda que o regime tributário para a startup é realizado de acordo com as possibilidades reais da empresa, de modo a evitar pagamentos indevidos.
4. Troque informações com outros empreendedores
Além de ter a figura do profissional contábil quase como o seu melhor amigo, é importante que o empreendedor também tenha uma ampla visão do mercado ao qual está começando a investir e operar.
Dessa maneira, estar em contato com outros empreendedores, é um passo fundamental para entender não apenas estratégias para alavancar seu negócio, mas também o regime tributário ideal para a empresa em questão. Essa dica é importante, especialmente para as novas empresas, uma vez que entender os prós e contras de quem já está a mais tempo no ramo pode ser um fato bastante relevante.
5. Conheça os modelos
Se ouvir outros empreendedores e o próprio contador é importante, conhecer os modelos de tributação existentes é algo essencial.
Não tenha receio de fazer perguntas ao contador sobre algo que você não entendeu ou tem dúvidas. Profundo conhecimento dos modelos de tributação dos especialistas contábeis permite um controle maior sobre os próprios modelos de trabalho, faturamento, compras e até contratações de profissionais; preparando o empreendedor até para antever problemas que poderão ser solucionados com facilidade.
Quais são os regimes tributários existentes para a startup?
Atualmente, o Brasil permite 3 modelos de regimes tributários para startups que compreendem momentos diferentes da empresa, são eles:
- Simples Nacional;
- Lucro Real;
- Lucro Presumido.
Devido à facilidade da unificação dos tributos, o sistema do Simples Nacional é o mais utilizado e indicado por profissionais contábeis ao encarar a abertura de uma nova empresa, quando ela terá uma estrutura mais enxuta. Com a atualização dos seus Anexos e o cálculo do Fator F, o Simples oferece a oportunidade de alíquotas mais baixas para as empresas.
No entanto, a migração para o Lucro Presumido ou Lucro Real pode ser algo comum durante o crescimento da empresa, uma vez que esse crescimento implica na contratação de funcionários e um maior faturamento mensal, impossibilitando a continuidade da startup no modelo do Simples.
Importância do Planejamento Tributário para a startup
O Planejamento Tributário serve para impulsionar a economia no pagamento dos impostos de maneira lícita e com elisão fiscal, além de dar a oportunidade tanto para o empreendedor, como do contador, de avaliar se a empresa está honrando com todos os compromissos dessa frente.
Com a realização do Planejamento Tributário, é possível que a empresa consiga analisar com maior assertividade os seus números ao fim do ano e identificar se é o momento de realizar a mudança na tributação.
Além disso, o Planejamento Tributário também pode servir de base para a adequação das despesas fixas e variáveis da startup, compreendendo melhor até onde a empresa poderá gastar sem que isso cause um impacto na arrecadação dos impostos.