Você desempenha uma determinada atividade dentro da sua carreira e percebeu que chegou a hora de evoluir, aprendendo novas habilidades e se desenvolvendo como profissional?
Em um contexto como este, duas possibilidades surgem: a de se requalificar em uma nova função ou de especializar ainda mais em sua própria área. Qual você escolheria?
Entenda os conceitos de Reskilling e de Upskilling, descubra como ele pode fazer a diferença para quem atua no RH e como ambas as teorias podem ser indispensáveis não apenas na sua jornada profissional, mas também diante das demandas da atualidade.
O que é o Reskilling?
O Reskilling é um processo que ocorre com os profissionais que demonstraram ter aptidão para aprender uma atividade completamente nova, preparando-os para uma espécie de requalificação que se baseie nas suas skills adjacentes – habilidades próximas ou relacionadas às que já possui.
Assim, esta etapa é um treinamento para que o indivíduo possa adquirir estas novas habilidades, transformando seu trabalho, às vezes obsoleto, em algo diferente e que atenda às demandas da organização.
Este é o caso, por exemplo, de uma colaboradora que atue como gerente de marketing em uma companhia, mas tenha interesse em fazer um curso sobre TI para se manter competitiva e atrelar este conhecimento a seus outros talentos. Consegue compreender?
Este é um processo que tem se tornado cada vez mais comum e o próprio The World Economic Forum já estimou que, até 2022, mais da metade de todos os profissionais passarão por esta etapa.
O que é o Upskilling?
O Upskilling se concentra em fornecer treinamento para os funcionários que precisam aprender novas habilidades para melhorarem seu desempenho atual, sem que tenham que mudar sua posição na companhia ou alterar seu plano de carreira.
Basicamente, ele corresponde a um aprimoramento de habilidades para aumentar seu valor na empresa, aprendendo cada vez mais e mantendo uma cultura que envolva os membros da equipe em um incentivo à educação continuada.
Um exemplo do Upskilling seria um gerente que utilize o Microsoft Excel para administrar o estoque da empresa e, com o passar do tempo, precise ser treinado sobre como utilizar um novo sistema de gestão (ERP), à medida que a organização implemente essa nova tecnologia em sua rotina.
Qual a principal diferença entre ambas as teorias?
Apesar de tanto o Reskilling quanto o Upskilling se tratarem do ato de aprender novas habilidades, é importante compreender que existe uma diferença latente entre ambos os conceitos.
O primeiro ponto a ser considerado (e que ajudará a compreender ainda melhor esta disparidade) está na própria nomenclatura. Skill vem de habilidade. Logo, Reskilling seria algo como “refazer” suas habilidades, ganhando novas e mudando de ares. Ao passo em que Upskilling estaria relacionado ao aprimoramento, ao crescer e ao adicionar. Ou seja, acrescentar uma nova habilidade, sem precisar repaginar.
Logo, o Reskilling é muito mais sobre uma requalificação para preencher as lacunas de talento, fazendo com que os colaboradores se adéquem a novas funções e afazeres; em contrapartida, o Upskilling não atribui novas atividades ao funcionário, apenas melhora as que ele já realiza.
Por que o Reskilling e o Upskilling são importantes?
Desde a Revolução Industrial, no século XIX, as tecnologias vêm mudando, crescendo e se adaptando em um ritmo crescente. Atualmente, as companhias estão vivenciando a um período chamado de “Quarta Revolução Industrial”, no qual os avanços em Inteligência Artificial e a automação estão revolucionando o mercado, dando fim a diferentes funções e profissões.
O Future of Jobs 2018, documento publicado pelo The World Economic Forum, previu que 75 milhões de empregos serão substituídos por tecnologias emergentes nos próximos anos. Logo, para não serem expulsos do mercado de trabalho, muitos profissionais precisarão se reinventar – e isso é um bom sinal.
Ainda segundo o estudo, 133 milhões de novas funções serão criadas por esses mesmos avanços tecnológicos e, claro, esses novos empregos e requisitos exigirão um treinamento relevante, bem como a adoção de novas habilidades.
Para isso, apresentar-se como uma força de trabalho ágil, diversificada e criativa que continuamente aprende, adapta, adquire e aperfeiçoa novas competências é essencial. Assim, em um cenário como este, tanto o Reskilling quanto o Upskilling aparecem práticas indispensáveis em qualquer organização, permitindo que seus funcionários possam aprender sobre as transformações ou até mudar alterar sua área de atuação, caso seja de seu interesse.